quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Junior Luiz: da medicina ao samba


Ao lado de Marcelo Timbó e Fernando Rufino, o nosso perfilado de hoje faz parte do grupo de samba Batifun. Luiz Augusto dos Santos, mais conhecido como Júnior, nasceu em 21 de agosto de 1977 e começou a tocar violão aos 11 anos. Esse foi o primeiro passo para depois aprender a tocar guitarra, baixo, banjo e cavaquinho.

Seu envolvimento com a música foi iniciado em bandas de axé. “Tocava guitarra em algumas bandas e depois toquei baixo”, afirma. A trajetória no Batifun começou em 1998 quando Alessandro Timbó, irmão de Marcelo, lhe apresentou aos outros integrantes da banda. Junior e Alessandro eram colegas de faculdade – faziam medicina na Universidade Federal da Bahia.

O repertório do grupo é bastante variado. Vai desde MPB e bossa nova ao famoso pagode baiano. O show é contagiante e, pra quem gosta do estilo musical, é impossível não mexer o esqueleto. A banda modificou o cenário musical baiano e trouxe de volta o samba aos grandes eventos da capital. A partir de 2003 o grupo tornou-se mais popular na cidade e nos seus shows a presença do público era, e é ainda, massiva.

Junior, ao lado dos companheiros de Batifun, já participou dos shows de vários artistas: Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Alcione, Grupo Revelação, Martinho da Vila, Dudu Nobre...Além deles, alguns nomes de peso na MPB: Maria Bethânia, Caetano Veloso, Guilherme Arantes, Flávio Venturini, entre outros. “O momento mais especial foi quando abrimos o show de Zeca Pagodinho no Rio de Janeiro. Fomos convidados pela empresária dele e abrimos dois shows”, declara.

O maior público para o qual o Batifun tocou foi no réveillon 2007-2008, no Farol da Barra. A estimativa é de mais de 150 mil pessoas. Além disso, já participaram de grandes eventos como, por exemplo, Sauípe Folia, Festival de Verão, Coco Folia e Pré-Caju – os dois últimos em Sergipe. Outro evento importante que o Batifun marca presença constante são as Trivelas do Asa de Águia. “Já participamos de cerca de oito”, revela.

Atualmente, ele divide o tempo entre a música e a medicina. De segunda à sexta-feira ele é médico e, nos finais de semana, canta, toca banjo e cavaquinho no Batifun. “Não troquei a medicina pelo samba. Fiz residência e concurso público, tudo certinho. Durante a semana faço atendimento médico num posto de saúde em Camaçari”, fecha com chave de ouro.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008


Aqui tem forró com alegria



Adelídio Oliveira era um menino baixo, franzino, que desde cedo passou a conviver com os problemas da seca do nordeste. Nasceu em Barreiros, pequena cidade do interior da Bahia e distrito de Riachão do Jacuípe (a 220 km de Salvador) no dia 12 de outubro de 1972. Hoje, aos 36 anos, ele é Del Feliz!

Cantor e compositor, começou a trabalhar aos 8 anos de idade, sem deixar os estudos de lado. Quando criança já vendeu frutas na feira, catou lata velha, trabalhou em fábrica de cerâmica. Após isso, já foi vaqueiro, pintor, locutor, ajudante de pedreiro, vendedor, cambista, escritor, telefonista, fotógrafo, digitador e agricultor. Aprendeu com cada profissão e traz hoje, consigo, um pouquinho de cada no coração.

Formado pela “universidade da vida”, aos 17 anos ele largou sua cidade natal para trabalhar em Riachão do Jacuípe como locutor. Depois de um tempo, foi para Salvador. Sua carreira como cantor começou aos 28 anos. Ele começou viajando por algumas cidades e foi divulgando suas canções nas rádios. As composições dele são baseadas no nordeste e aborda os problemas e as alegrias vividas pelo povo dessa região.

A experiência de tocar com grandes nomes do forró já foi vivida por ele. Del já dividiu o palco com Dominguinhos, Amorosa, Alcymar Monteiro, Adelmário Coelho, Flávio José, entre outras feras. Para ele, tocar com esses artistas foi maravilhoso e todos, de alguma maneira, marcaram sua vida.

Além de ter tocado com grandes músicos, ele também já tocou para grandes públicos. Durante a temporada de São João, ele chega a fazer mais de 20 shows pelo interior da Bahia e pelo nordeste. Seu maior público foi no show realizado em Aracaju, com cerca de 130 mil pessoas.

Esse ano, Del teve seu show escolhido como o melhor do São João de Cruz das Almas. Mesmo competindo com Daniel, Cavaleiros do Forró, entre outros, ele conseguiu ficar em primeiro lugar no gosto do público. “Quando soube da notícia senti uma alegria muito grande, foi uma felicidade sem tamanho. Inclusive aumentou a expectativa para no ano que vem fazer um show à altura ou melhor que esse”, afirma.

Ele já gravou oito CD’s e um DVD, o “Ao Vivo Amargosa”. Atualmente está divulgando o “Forró Enredo”, seu novo disco. O álbum conta com a participação especial de Geraldo Azevedo, de quem recebeu o título de criador do “forró enredo”. “Geraldo disse que ‘minhas letras estão para o forró, assim como o samba enredo está para o samba’. Isso pra mim é uma responsabilidade muito grande”, declara Del.

Esperamos que tenham gostado do nosso artista de hoje.
Nossa próxima biografia será de Junior Luiz, do grupo Batifun.

Abraços,

Malany e Mariana

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Homenagem ao eterno

Acontece hoje, no Memorial da América Latina, o Projeto Adoniran – Oito e Meia. A cantora Milena e o violonista Sérgio Bello vão apresentar um show dedicado à obra de Dorival Caymmi.
O público vai ouvir sucessos como: “Saudade da Bahia”, “Só Louco”, “Você Já Foi à Bahia”, “É Dengo”, “Doralice”, “Vatapá”, “Rosa Morena”, “Marina”, “João Valentão”, “Dora”, “Requebra Que Dou Um Doce”, “Oração de Mãe Menininha”, “Sábado em Copacabana” (parceria com Carlos Guinle), “Você Não Sabe Amar” (com Carlos Guinle e Hugo Lima), “Eu Não Tenho Onde Morar”, “Maracangalha” e “Samba da Minha Terra”.

Serviço
Memorial da América Latina (ponto A)
Avenida Auro Soares de Moura Andrade, 664 – São Paulo (SP)
Tel.: (11) 3823-4600
Quinta (16/10), às 20h30
Entrada gratuita
Metrô Barra Funda
CLIQUE NO MAPA ABAIXO PARA SE LOCALIZAR!





terça-feira, 7 de outubro de 2008

Lançamento em Minas: máquina vende CD a R$ 5,00

Artistas como Arnaldo Antunes e Lucas Santtana estão disponíveis em máquinas. Isso mesmo! Um “equipamento” semelhante aquelas maquininhas que vendem refrigerantes, foi apresentado na Feira do Empreendedor de Minas Gerais, no Seminário Nosso Negócio é Cultura, ocorrido no dia 3 de setembro.

A inovação faz parte da causa Música Livre, Comércio Justo – uma iniciativa da ONG Eletrocooperativa, que visa promover a música brasileira, a cidadania e a oportunidade de trabalho. O programa é considerado um negócio inclusivo e foi desenvolvido para atender os jovens da entidade. A proposta é gerar renda e tem o objetivo formar 32 agentes econômicos que terão a responsabilidade de vender os CD’s das máquinas, localizadas em lugares públicos de São Paulo e Salvador. A idéia é manter quatro jovens trabalhando numa mesma máquina.

"Eles serão responsáveis pela administração da máquina e vão aprender a lidar com questões referentes ao dia-a-dia de um pequeno negócio, como se fosse uma loja. Esse grupo de jovens receberá formação gerencial para aplicação imediata. É a nossa metodologia do aprender fazendo", afirma Reinaldo Pamponet (foto acima), fundador da ONG.

Cada CD custa 5 reais. O processo de comercialização do produto é completamente transparente, pois a máquina informa ao comprador todos os custos que levaram à produção do CD. O artista fica com R$ 1,50; R$ 0,50 pagam os impostos, R$ 1,50 são referentes a custos de fabricação e R$ 0,50 ficam destinados a cobrir os custos da ONG.

Os CD’s foram desenvolvidos com a tecnologia Semi Metalic Disc (SMD) e têm uma minutagem menor que os CD’s comuns, todavia com a mesma qualidade. De acordo com Reinaldo há nove títulos disponíveis na máquina.